Siraque critica atuação da polícia em caso de pedofilia em Catanduva Imprimir
Escrito por Vanderlei Siraque   
Sáb, 11 de Abril de 2009 17:26
 
 O deputado Vanderlei Siraque (PT-Santo André) fez duras críticas à atuação da Polícia Civil de Catanduva na investigação sobre os crimes cometidos por uma suposta rede de pedofilia que atua na cidade e que já teria abusado sexualmente de 40 crianças e adolescentes de dois bairros pobres. “A polícia demorou na colheita de provas e não tratou as denúncias como deveria. Até mesmo a delegada que cuida do caso tratou as denúncias com desdém, o que é inadmissível”, criticou Siraque.

 

 

Vanderlei Siraque e mais três deputados estiveram em Catanduva para uma audiência com a juíza responsável pelo caso, Sueli Juarez Alonso, e para um encontro com dez mães de supostas vítimas de abuso, realizado na ONG ‘Pró-Cidadania’, responsável pela denúncia sobre os casos de pedofilia na cidade. Siraque avalia que a juíza e os promotores têm feito um bom trabalho, mas que “precisam de uma força” para que as investigações sejam mais rápidas.

Siraque lamenta o quase descaso com que a polícia de Catanduva vem tratando a denúncia e a demora no trabalho de investigação. “Não acredito que isso tenha a ver com o fato de que as vítimas sejam de famílias pobres e os suspeitos pelos crimes sejam da elite de Catanduva. Mas não dá para entender e aceitar a forma como a polícia vem tratando esse assunto, que é de extrema gravidade”, disse.
 
Vanderlei Siraque integra Comissão de Representação formada pela Assembleia Legislativa para acompanhar os trabalhos desenvolvidos pelo MP, Poder Judiciário de Catanduva e Polícia Civil. Além de Siraque, a Comissão tem as deputadas Beth Sahão e Maria Lúcia Prandi e o deputado José Cândido.

Agora, os deputados vão pedir uma audiência com o secretário estadual de Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, para exigir mais empenho da polícia no trabalho de investigação. Também vão pedir ao Ministério Público que investigue a atuação do Conselho Tutelar. Conforme levantado junto às mães de supostas vítimas, o Conselho de morou para agir e não age como deveria neste caso.

Última atualização em Sáb, 11 de Abril de 2009 17:34