Felicidade – Feliz Cidade
“Felicidade foi se embora E a saudade no meu peito ainda mora E é por isso que eu gosto lá de fora Porque sei que a falsidade não vigora”(Lupicinio Rodrigues)
É na Polis Grega, na ética de Aristóteles, que ele define a “cidade” como uma comunidade política que tem o lugar na vida do homem (animal político e social). É nesse espaço que o homem desenvolve a arte de viver e de atingir a felicidade. Para Aristóteles a felicidade consiste em dois aspectos: aqueles que são relativos e aqueles que são intrínsecos, ou seja, os que são necessários para a vida cotidiana - os bens materiais e os bens supremos, como a virtude e a razão. O homem busca a felicidade plena na polis, pois é nela que ele se organiza e se relaciona. Assim, é na cidade que ele pode alcançar a completude da Felicidade, com os demais cidadãos, que visam sempre o bem comum. Um novo conceito estudado pela FGV sobre - Felicidade Interna Bruta (FIB),define uma metodologia que busca medir o nível de satisfação de uma população sobre o que vem a ser felicidade. Uma sociedade feliz é aquela em que todos e todas têm acesso aos serviços básicos de saúde, educação, sensação de segurança, previdência social, cultura e lazer. Entre um estudo realizado em São Paulo e Santa Maria (RS) alguns aspectos relevantes apresentados para medir a percepção de satisfação de uma sociedade são: a vida social, a situação financeira e atividades ao ar livre. A partir desses dois conceitos apresentados: 1º por Aristóteles na antiguidade e 2º pela FGV – atualidade - podemos afirmar que o conceito de felicidade está atrelada ao sentido de organização, desenvolvimento político, econômico e social de um lugar. A Reflexão proposta neste texto é o de definir como Santo André pode medir o seu índice de felicidade aos bens oferecidos na estrutura física e política, ou seja, a população usufrui de serviços prioritários que permitam uma vida cotidiana cidadã digna? Ela usufrui de bens culturais que lhe proporcione uma vida social saudável, afetiva e respeitosa? Acredito que seja de fundamental importância transformar a nossa cidade numa “Feliz – Cidade”, onde ela seja pensada e organizada na sua globalidade, mas especialmente, que as necessidades regionais sejam consideradas a ponto de atingir a concretude desses aspectos relevantes citados neste texto. A Felicidade é um conceito a ser retomado e desenvolvido em nossa cidade.
Bete Tonobohn Siraque
Professora de Ensino Fundamental
Doutoranda em História da Ciência – Puc/SP
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Última atualização em Seg, 02 de Abril de 2012 22:45 |