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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ

Sessão: 208.2.54.O Hora: 17:27 Fase: CP
Orador: VANDERLEI SIRAQUE, PT-SP Data: 02/08/2012

O SR. VANDERLEI SIRAQUE (PT-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ouvi os Deputados tucanos falarem desse tema de conteúdo jurídico indeterminado. Mensalão é conteúdo jurídico indeterminado. É assim como falar da privatização tucana que, do ponto de vista jurídico, tem conteúdo indeterminado. 
O Supremo Tribunal Federal e todo o Judiciário vão julgar de acordo com as regras da nossa Constituição e com as normas jurídicas, por meio de fatos determinados. 
Eu não estava aqui na Legislatura passada, pois só comecei no ano passado. E tenho ouvido sistematicamente alguns Deputados falaram de compra de votos. Acho que compete a esses Deputados apresentarem a lista de quem vendeu os votos. Preciso saber quem são, até para não passar perto de quem vende voto. Se tem comprador de voto é porque tem vendedor de voto. Por exemplo, se alguém compra um litro de leite, alguém vendeu um litro de leite; se alguém compra um pacote de arroz, alguém vendeu um pacote de arroz. Eu ouço muito falarem que existe essa tal de compra de votos, mas até agora eu não vi a lista de quem vendeu voto. E se alguém vendeu voto, deveria ter sido cassado; tem que ser incriminado, tem que ser condenado. Eu, até agora, só ouvi falar que houve pessoas que compraram voto.
Isso tudo é muito ruim. Vejo setores da imprensa como a revista Veja, por exemplo. Quem é a Veja? A Veja defendia Carlos Cachoeira até esse dias. Publicava matérias a favor do Cachoeira e matérias negativas contra o Partido dos Trabalhadores, contra outros Deputados, contra Prefeitos, contra Parlamentares.
Eu sou um dos maiores defensores da liberdade de imprensa, porque não há democracia sem liberdade de imprensa, e não há liberdade de imprensa sem que a imprensa coloque as duas versões, tanto de quem acusa quanto de quem é acusado. E deveria ser colocado na mesma página e no mesmo dia. A mesma coisa deveria ocorrer nos meios de comunicação como a televisão: se deu 5 minutos para o Procurador-Geral da República acusar pessoas do PT, teria que dar 5 minutos para as pessoas se defenderem no mesmo horário, noJornal Nacional, e não de forma esparsa. Da mesma forma, a imprensa escrita: na mesma página deveria escrever sobre o acusado e o acusador. Isso é liberdade de imprensa. Liberdade de imprensa não é liberdade de opinião do dono do jornal, não é a opinião do dono do jornal. Liberdade de imprensa é quando você ouve as pessoas que são acusadas, ouve os acusadores, ouve as opiniões de forma democrática de toda a sociedade.
Na verdade, o que a imprensa tenta fazer é formar opinião. E opinião contra o Governo do PT. Na época, inclusive, o que se desejava era um golpe de Estado contra o Governo Lula, que foi um dos melhores Presidentes que este País já teve, por causa do preconceito, porque eles não o admitiam. Ganhar a eleição, podia, mas governar, não. E hoje o Brasil está aí. O Lula foi reeleito depois das acusações, a Dilma foi eleita, e o Brasil caminha no rumo certo, mesmo que a privataria tucana não deseje e não goste.
E nós esperamos que o Supremo Tribunal Federal, que tem grandes Ministros - o Ministro Toffoli, o Ricardo Lewandowski, o Carlos Ayres Britto, todos os 11 Ministros - julgue de forma isenta, de acordo com a nossa Constituição, de acordo com a nossa legislação e de forma técnica, de acordo com aquilo que está nos autos. Que julgue os fatos, e os fatos têm que ser comprovados por quem fez a acusação, e dentro dos autos. Não é ficar formando opinião pública, não.
Obrigado, Sr. Presidente.


 

 




 

 

 

 

 

 

Última atualização em Qui, 21 de Fevereiro de 2013 19:35
 
 

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