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Diário do Grande ABC - 24 de fevereiro de 2001

Deputado propõe novo mínimo para São Paulo

Juliana Finardi

Do Diário do Grande ABC

São Paulo poderá ter um salário mínimo diferenciado do restante dos estados brasileiros. A proposta, um projeto de lei de autoria do deputado Willians Rafael (PFL) instituindo uma comissão de notáveis para realizar um estudo com a intenção de definir o valor desse salário, já foi aprovada pela Assembléia Legislativa e, segundo informou a assessoria de imprensa do governador em exercício, Geraldo Alckmin, deverá ser sancionada na próxima semana. O prazo para a sanção do governo termina no dia 7 de março.

A comissão de notáveis, de acordo com o projeto, será composta pelas centrais sindicais com sede e atividade em São Paulo, Federação do Comércio, Federação da Agricultura, Federação das Indústrias, Centro das Indústrias, um representante da Associação Paulista de Municípios e três da Assembléia.

Segundo informações da assessoria do deputado, o valor deverá ser discutido e cada setor tem de fazer uma avaliação do que pode suportar. A intenção de Rafael, ainda de acordo com a assessoria, é "justiça social" porque parte-se do princípio de que o teto nacional não faz jus à riqueza de São Paulo. No Rio de Janeiro, a criação de um mínimo estadual foi suspensa por liminar do STF (Supremo Tribunal Federal). O valor cogitado foi de R$ 220.

Para os deputados estaduais do Grande ABC, a principal preocupação relacionada à instituição de um salário mínimo estadual é a diminuição do investimento industrial na região. Donisete Braga (PT-Mauá), afirmou ser favorável ao aumento do mínimo, mas disse que a discussão do valor deve buscar a opinião do seguimento sindical e de representantes de empregadores da região. "Conversando com essas lideranças, poderemos chegar a uma proposta viável", disse.

O deputado Newton Brandão (PTB-Santo André) acredita que a região está preparada para um mínimo mais alto. "O custo do ABC é mais alto e os trabalhadores da região ganham salários maiores em comparação a outros estados, o que causa a saída de indústrias das cidades", disse. Para Brandão, o assunto deve ser discutido com ponderação, justamente para evitar a "fuga" das indústrias buscando diminuir gastos com funcionários.

Para Vanderlei Siraque (PT-Santo André), o salário mínimo estadual não é uma boa solução para o Estado nem para a região. "Essa medida de regionalização do mínimo pode provocar uma guerra fiscal", disse.

Marquinho Tortorello (PPS-São Caetano) afirmou, por meio de sua assessoria, que é favorável à regionalização do salário mínimo. "Em regiões onde a situação econômica é mais confortável, como a Sudeste, o aumento poderia ser mais ousado", disse.

Colaborou Aurea Gil

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Fabio Taroda