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Diário do Grande ABC - 02 de outubro de 2001

Diário promove encontro para discutir violência escolar

Do Diário do Grande ABC

A violência que atinge as escolas públicas do Grande ABC será discutida na quinta, quando o Diário promove mesa-redonda na sede da Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André), entre 15h e 17h. Foram convidados para o evento a secretária estadual de Educação, Rose Neubauer, os secretários de Educação das sete cidades, os coordenadores da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) e Aesp (Associação de Escolas Particulares do ABC), o deputado estadual do PT Vanderlei Siraque, os comandantes das polícias Civil e Militar do Grande ABC e o coordenador do Instituto Fernand Braudel, coronel José Vicente da Silva.

A iniciativa foi tomada em função dos diversos casos de violência ocorridos nas últimas semanas em escolas estaduais do Grande ABC. Dos 408 estabelecimentos públicos da região, 144 (um terço) estão sob o risco da violência, segundo a própria Secretaria Estadual de Eduação.

No último domingo, o Diário publicou série de reportagens sobre o tema. A secretária Rose Neubauer, 56 anos, admitiu que o crescente número de casos em escolas da região chamou a atenção. Ela afirmou que a situação é grave e anunciou um plano para a diminuição do problema em mil unidades de todo o Estado.

Segundo Rose Neubauer, as escolas em situação crítica receberão verbas para a aquisição de equipamentos de alarme e circuito interno de TV. Além disso, há uma determinação para que a ouvidoria da secretaria percorra os estabelecimentos de ensino da região e entre em contato com diretores, professores, alunos e comunidades dos bairros.

As dezenas de casos de violência divulgados pela imprensa, de acordo com a Apeoesp, representa apenas a ponta do iceberg. Na avaliação da entidade, a violência não é fato isolado, mas está presente diariamente nas escolas públicas. Apenas a menor parte das ocorrências acaba em boletins de ocorrência nas delegacias de polícia. Conflitos de médio e pequeno portes normalmente são resolvidos na própria escola.

Os fatos comunicados à polícia são os mais graves. Envolvem, entre outras coisas, ameaças, agressões entre os próprios alunos e contra professores e funcionários dos estabelecimentos.
Há duas semanas, a professora de Educação Física A.O.F. e mais dois estudantes foram agredidos por alunos na quadra esportiva da EE (Escola Estadual) Marco Antônio Prudente de Toledo, em São Bernardo. A., grávida, apitava um jogo entre classes que terminou em confusão.

Alguns dos conflitos escolares são ainda mais preocupantes, pois envolvem o uso de arma de fogo. No início do mês passado, a professora Aparecida Maria dos Santos Vecchi, 44 anos, foi baleada por um aluno em uma das salas de aula da EE Escola Estadual Ordânia Janone Crespo, em Santo André. A bala atravessou seu corpo e furou o quadro negro. Depois de quase um mês em recuperação, a professora pretende voltar a lecionar no ano que vem.

A intenção de Aparecida em voltar à escola depois do incidente nem sempre é compartilhada pela comunidade escolar, atualmente chocada com a violência. Existem alunos do ensino público que deixaram as salas de aula por conta da falta de segurança. Professores e funcionários dos estabelecimentos se sentem acuados e evitam apontar os responsáveis pela violência nas escolas.

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Fabio Taroda